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13 September 20221 December 2022

Por Soraia Queijo.

As mulheres quando descobrem quem são não param.

São capazes de correr muito. Elas correm sempre muito, mas quando sabem quem são correm mais e correm com sentido.

As mulheres são animais.
A minha mãe é animal.
A minha irmã é animal.
Eu sou um animal igual.

Forças inacreditáveis, de quem já correu muito.
Corro com todas porque um dia não tive companhia. E dói mais quando se corre sozinha.

Corri sozinha.
Corri nua.
Corri com sangue entre as pernas.
Sangue na boca.
Corri sozinha durante um aborto.
E a partir daí nunca mais corri sozinha, chamei-as todas para junto de mim. Para perto, para junto, para dentro.

E sei, que mesmo que corra sozinha, nunca estarei sozinha, terei todas elas, animais, em mim.

Soraia Queijo. 

35 anos, psicóloga, terapeuta familiar e de casal. Mãe de 3, inconformada, inquieta, escrevo nas horas ocupadas de um sítio que se chama Sines. 
Gosto do sol, de poesia e, essencialmente, de pessoas - quase todas.

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Um podcast de Vanessa Augusto para escutar as mulheres da nossa cultura.

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